Em 2022, Goiás alcançou o terceiro maior número de unidades industriais desde 2007, liderando no Centro-Oeste com 7.037 unidades locais de empresas industriais, conforme a Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado, com 52,6% do total regional, superou Mato Grosso (3.154), Mato Grosso do Sul (1.929) e Distrito Federal (1.262).
Segundo Joel de Sant’Anna Braga Filho, secretário de Indústria, Comércio e Serviços, “Esse resultado mostra o excelente trabalho que o governo estadual realiza, valorizando e estimulando a potencialidade de Goiás, o que nos leva a estar à frente em diversas pesquisas, muitas vezes superando a média nacional.”
Além de liderar em unidades industriais, Goiás destacou-se em outras quatro variáveis analisadas pela PIA. O estado gerou a maior receita líquida de vendas (R$ 229,4 bilhões), empregou o maior contingente de trabalhadores (253 mil), distribuiu R$ 10,1 bilhões em salários e outras remunerações, e obteve R$ 64,8 bilhões em valor de transformação industrial (VTI). Comparativamente, os números de VTI de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal foram R$ 41,1 bilhões, R$ 36 bilhões e R$ 4 bilhões, respectivamente.
A PIA também evidenciou que a fabricação de produtos alimentícios lidera em Goiás, representando 54,9% da receita líquida industrial, com um VTI de R$ 26,9 bilhões. Esta categoria ainda é responsável por 1.383 unidades locais (19,7% do total estadual) e por empregar 37,3% dos trabalhadores da indústria.
No que diz respeito aos salários, o setor metalúrgico é o que melhor remunera em Goiás, com um salário médio de 4,79 salários mínimos, seguido pela extração de minerais metálicos e a fabricação de produtos químicos. O salário médio mensal das indústrias goianas foi de R$ 3.057,23, equivalente a duas vezes e meia o salário mínimo de 2022.
A produção de tortas, bagaços e farelos de extração de óleo de soja lidera o ranking de produtos industriais, com um valor de produção de R$ 17 bilhões e receita líquida de R$ 14,9 bilhões. Carnes bovinas frescas ou refrigeradas ocupam a segunda posição, com produção de R$ 12,5 bilhões, seguidas pelo álcool etílico, com valor de produção de R$ 9,5 bilhões.
Os dados da PIA Empresa e PIA Produto são essenciais para o planejamento econômico e análise do setor industrial brasileiro, sendo fundamentais tanto para empresas quanto para diferentes níveis governamentais.
Fonte: Agência Cora Coralina de Notícias.