Na Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), os 980 milímetros de precipitação registrados nesta safra foram ideais para garantir a qualidade do algodão produzido. A colheita dos mais de 8 mil hectares cultivados começou em 1º de junho e deve ser concluída na próxima semana, com expectativa de alcançar um recorde de produção, estimado em 170 arrobas de pluma por hectare, segundo o gerente da fazenda, Marcelo Peglow.
O beneficiamento deste ano deve atingir 80 mil fardos, superando a média anual de 65 mil a 70 mil fardos. Com um salto de produtividade de 1,4 tonelada por hectare na safra 2021/2022 para 1,9 tonelada por hectare na safra atual, a empresa comemora um incremento de 32,7%. As sete colheitadeiras da fazenda, operando a uma velocidade de 6,8 km/h, formam nove fardos de algodão a cada hora, com cada fardo pesando mais de duas toneladas.
Os fardos são automaticamente enrolados com lona e identificados com um código de barras, que armazena informações detalhadas desde a cultivar semeada até os insumos utilizados. “É o CPF do algodão brasileiro”, explica Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa.
No cenário internacional, a Abrapa promove a sustentabilidade e a responsabilidade na produção de algodão brasileiro por meio de missões e certificações. A previsão para 2023/24 é analisar amostras de 17,8 milhões de fardos, dos quais 97% são classificados como premium.
Na Fazenda Pamplona, 20% do manejo já é realizado com bioinsumos, uma prática em crescimento nas 22 fazendas do Grupo SLC em todo o Brasil. A tecnologia também tem papel fundamental, com a empresa desenvolvendo um projeto para aplicar inteligência artificial no processo produtivo, otimizando a tomada de decisões e melhorando a performance operacional das máquinas conectadas à internet.
Essas inovações têm resultado em safras recordes e melhores desempenhos nas culturas de algodão, soja, milho e trigo, consolidando a Fazenda Pamplona como um exemplo de sucesso na agricultura moderna.
Fonte: Globo Rural.