Cristalina (GO) foi um dos destaques do levantamento realizado pelo Projeto Campo Futuro, que monitora custos e produtividades de grãos em diversas regiões do Brasil. A cidade goiana, referência no agronegócio do Entorno do Distrito Federal, registrou números expressivos nas culturas de soja, milho, feijão, sorgo e trigo, reafirmando sua posição estratégica na produção nacional de alimentos.
A análise em Cristalina contemplou lavouras de soja sequeiro, que produziram, em média, 68 sacas por hectare. Nas áreas mais precoces, os rendimentos chegaram a 75 sacas, enquanto a soja irrigada alcançou 82 sacas por hectare, desempenho superior ao observado em outras localidades do levantamento.
O feijão das águas também apresentou bom resultado, com 48 sacas por hectare, superando a média registrada em regiões como Tupã (SP) e PAD-DF. Já o milho segunda safra evidenciou o diferencial da irrigação: foram 100 sacas no sistema sequeiro e 165 sacas no irrigado, colocando Cristalina entre as áreas com melhor aproveitamento do potencial produtivo da cultura.
Outros grãos também foram analisados. O sorgo teve média de 90 sacas por hectare, e o trigo sequeiro, 35 sacas. Apesar do menor desempenho do trigo em comparação com áreas irrigadas do Distrito Federal, os resultados refletem as condições de cultivo típicas do cerrado goiano.
O levantamento, promovido pelo Projeto Campo Futuro com apoio de federações estaduais, sindicatos rurais e instituições de pesquisa, também contemplou municípios como Rio Verde (GO), Tupã e Campos de Holambra (SP) e a região do PAD-DF. As análises abrangeram culturas como amendoim, soja, milho, feijão, trigo, sorgo e algodão, permitindo um panorama comparativo da produtividade e dos custos de produção entre os estados.
A performance de Cristalina reforça o papel estratégico da cidade na cadeia do agronegócio nacional, especialmente pela combinação de tecnologia, irrigação eficiente e clima favorável, que contribuem para ampliar a competitividade da produção goiana.
