O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), anunciou um investimento de R$ 3,6 milhões no projeto “Goiás Verde: Inovações em Carbono na Agricultura”. A iniciativa, que se estende até 2026, tem como objetivo desenvolver um sistema avançado de monitoramento de gases de efeito estufa e estoques de carbono em agroecossistemas. Essa estratégia visa alavancar práticas agrícolas sustentáveis, fortalecendo a posição de Goiás como referência nacional e internacional em inovação no setor agropecuário.
A proposta inclui a instalação de torres de fluxo em Rio Verde, sudoeste do estado, e Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, para coleta de dados em campo e desenvolvimento de modelos preditivos que avaliem emissões e o sequestro de carbono. Goiás, como quarto maior produtor de grãos do Brasil, aposta na sustentabilidade como diferencial competitivo.
“O governador Ronaldo Caiado tem priorizado fazer de Goiás o estado da inovação. Este projeto reforça nossa liderança no agro sustentável, promovendo novas tecnologias e processos para o desenvolvimento responsável”, afirmou o secretário da Secti, José Frederico Lyra Netto.
O projeto, coordenado pelo Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre), conta com parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Além de monitorar os gases de efeito estufa, a iniciativa inclui a criação de redes de pesquisa, capacitação de profissionais e desenvolvimento de tecnologias como bioinsumos, sensores e drones.
Ciência e tecnologia no centro da estratégia de Goiás
Marcos Arriel, presidente da Fapeg, destacou a importância estratégica do projeto:
“Investir em ciência e tecnologia para a agricultura garante que Goiás esteja preparado para enfrentar cenários climáticos extremos e fortalecer sua posição no mercado internacional.”
O banco de dados a ser criado fornecerá informações para decisões mais assertivas no setor público e privado, consolidando Goiás como protagonista em inovação agrícola sustentável.
Alan Carlos da Costa, pró-reitor de Pesquisa do IF Goiano, ressaltou que o projeto permitirá reduzir os impactos das atividades agrícolas no clima e oferecer alternativas que promovam sustentabilidade e estabilidade produtiva aos agricultores.
Impactos e benefícios esperados
Além de ampliar áreas de manejo conservacionista e aumentar o sequestro de carbono no solo, o projeto prevê:
- Redução de custos e maior qualidade do solo;
- Comercialização de créditos de carbono, gerando renda passiva;
- Contribuição para o cumprimento de cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU;
- Divulgação ampla dos resultados em eventos técnico-científicos, publicações acadêmicas e materiais para o setor produtivo.
Com essas ações, Goiás se posiciona como referência global em práticas agrícolas inovadoras e sustentáveis, alinhando-se às demandas do mercado internacional e aos desafios ambientais contemporâneos.
Fonte: Secretaria do Entorno do Distrito Federal.