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Goiás decreta emergência zoossanitária preventiva contra gripe aviária

Medida visa reforçar ações de biossegurança e vigilância, mesmo sem casos registrados no estado; Goiás é o quarto maior produtor de aves do Brasil.
Decreto visa mitigar risco da entrada de doença no estado. Foto: Agrodefesa.
Decreto visa mitigar risco da entrada de doença no estado. Foto: Agrodefesa.

O Governo de Goiás decretou neste sábado (17/5) situação de emergência zoossanitária preventiva contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A medida foi publicada por meio do decreto estadual nº 10.693, foi adotada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). O objetivo de fortalecer a vigilância, prevenção e resposta rápida à doença, ainda que não haja nenhum registro no estado até o momento — seja em granjas comerciais, de subsistência ou entre aves silvestres.

O decreto estadual tem validade de 180 dias e acompanha diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou, por igual período, a emergência zoossanitária em nível nacional com base na Portaria nº 784/2025. A decisão ocorre após a confirmação recente de um foco da gripe aviária em uma unidade de aves comerciais em Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Com o novo decreto, Goiás busca alinhar-se às estratégias nacionais, facilitando a mobilização de recursos e a execução de medidas imediatas em caso de eventual detecção do vírus no território goiano. A medida também reforça a articulação entre instituições públicas e privadas para ampliar a eficácia das ações de biossegurança e controle sanitário.

“Essa é uma medida estratégica e necessária. Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, afirmou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Avicultura em Goiás

A avicultura é um dos pilares do agronegócio goiano. Em 2024, o Brasil manteve a liderança mundial na exportação de carne de frango, com uma produção de cerca de 15 milhões de toneladas. Goiás ocupa a quarta posição no ranking nacional, com polos de destaque em Itaberaí e Rio Verde — respectivamente o segundo e o sexto maiores produtores do país. O setor emprega diretamente mais de 240 mil pessoas no estado.

A nova emergência zoossanitária busca ainda garantir suporte técnico, logístico e financeiro para ações emergenciais, mitigar o risco de entrada do vírus nos plantéis goianos, proteger a saúde humana e animal dentro do conceito de Saúde Única, fortalecer a integração institucional e manter a estabilidade econômica do setor.

A Agrodefesa alerta que produtores e demais elos da cadeia devem manter atenção redobrada às medidas de biosseguridade e comunicar imediatamente qualquer suspeita de doença em aves pelos canais oficiais da agência. “A vigilância ativa é fundamental para manter Goiás livre da influenza aviária e assegurar o reconhecimento internacional da sanidade da nossa produção”, reforçou o diretor de Defesa Agropecuária, Rafael Vieira.

Fonte: Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás.

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