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MP pede fechamento imediato de lixão em Padre Bernardo após desabamento e risco de desastre ambiental

Órgãos de controle cobram bloqueio de R$ 12 milhões e responsabilização das empresas por operação ilegal em área protegida.
Aterro Sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo. Foto: Reprodução.
Aterro Sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo. Foto: Reprodução.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) e o Ministério Público Federal (MPF) protocolaram novo pedido na Justiça nesta terça-feira (25) para a interdição imediata do Aterro Sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo (GO), após o desabamento de parte da estrutura ocorrido em 18 de junho. A solicitação inclui o bloqueio de R$ 12,2 milhões das empresas responsáveis, com o objetivo de garantir recursos para a reparação de danos ambientais considerados graves.

A estrutura do aterro — que opera irregularmente dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA) e sem licença ambiental válida — já era alvo de fiscalizações e ações judiciais. De acordo com os laudos técnicos anexados ao processo, há risco iminente de rompimento das lagoas de chorume, substância tóxica que pode atingir o Córrego Santa Bárbara e comprometer o abastecimento hídrico da região.

Um relatório recente da Secretaria de Meio Ambiente do município apontou rachaduras nas bordas das lagoas, excesso de sedimentos e acúmulo de chorume acima do limite de segurança. O documento reforça o alerta sobre o risco de contaminação do solo e dos corpos d’água.

Além do fechamento total do lixão, o MP solicita:

  • Bloqueio judicial de R$ 10 milhões das empresas operadoras;
  • Confisco de bens no valor de R$ 2,2 milhões, incluindo máquinas e terrenos;
  • Elaboração de um plano de recuperação ambiental da área degradada;
  • Instalação de placas informativas sobre a interdição no local;
  • Divulgação da decisão judicial nos canais oficiais das empresas;
  • Proibição de firmar novos contratos ou acessar crédito durante o processo judicial.

Segundo o Ministério Público, a permanência do lixão em operação representa não apenas um risco ambiental, mas também uma ameaça direta à saúde da população. “As falhas de controle e a omissão em adotar medidas urgentes colocam em risco não só o meio ambiente, mas a saúde da população”, diz nota oficial.

A ação tramita na Justiça Federal de Luziânia desde 2021 e agora ganha reforço diante do colapso parcial da estrutura. O caso segue sob análise.

Com informações do site Jornal Opção.

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